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domingo, 17 de julho de 2011

    “A infância [ou melhor, as pessoas]
  tem as  próprias maneiras de ver,
  pensar e sentir; não há nada
mais insensato que 
pretender substituí--las
pelas nossas”.
Rosseau




Geração Flor Vermelha de Caule Verde
X
Geração Século XXI?

 "Era uma vez um menino bem pequenino que foi para a escola pela primeira vez. A escola era bem grande e isso deixava-o um pouco inseguro. 
 Uma manhã a sua professora disse: - Hoje vamos fazer um desenho. O menino gostava muito de desenhar e podia fazer todo o tipo de desenhos, leões, tigres, galinhas e vacas, comboios e barcos. Pegou então na sua caixa de lápis e começou a desenhar.
 Mas a professora disse: - Esperem! Não comecem ainda. E o menino esperou até que todos estivessem preparados. - Agora, disse a professora, vamos desenhar flores. Que bom, pensou o menino, pois gostava muito de desenhar flores, com o lápis vermelho, laranja e azul.
 Mas a professora disse: - Esperem. Vou mostrar-vos como se faz, e desenhou uma flor no quadro. Era uma flor vermelha com caule verde. - Agora sim, disse a professora, podem começar.
 O menino olhou para a flor da professora e para a sua. Para ele a sua era mais bonita do que a da professora. No entanto não disse nada, simplesmente guardou o seu papel e fez uma flor como a da professora: vermelha com caule verde.
 No outro dia a professora disse: - Hoje vamos trabalhar com plasticina. Que bom, pensou o menino, pois podia fazer todo o tipo de coisas com a plasticina: serpentes, bonecos de neve, elefantes, carros e caminhões.
 Começou a apertar e a amassar a bola de plasticina. Mas a professora disse: - Esperem não está na hora de começar! E ele esperou até que todos estivessem preparados.
 – Agora, disse a professora, vamos fazer serpentes. Que bom pensou o menino, pois gostava muito de fazer serpentes e começou a fazer serpentes de diferentes tamanhos e formas.
 Mas a professora disse: - Esperem, vou mostrar-vos como se faz uma serpente bem larga. Agora podem começar.
 O menino olhou para a serpente da professora e para a sua e ele gostava mais da sua, no entanto não disse nada, simplesmente amassou a plasticina numa grande bola, e fez uma grande serpente como a da professora.
 Assim o menino aprendeu a esperar, a observar e a fazer as coisas como a sua professora. Sucedeu que o menino e a sua família tiveram que se mudar para outra cidade, e o menino teve que frequentar outra escola.
 Essa escola era muito maior que a primeira. Justamente no primeiro dia em que foi à escola a professora disse: - Hoje vamos fazer um desenho.
 Que bom, pensou o menino, e esperou que a professora desse as instruções. Mas ela não disse nada, apenas circulava pela sala. Quando se aproximou do menino disse: - Então não queres desenhar?
 - Sim, disse o menino, – mas o que vamos fazer? – Não sei, disse a professora, basta que faças um desenho. - E como o farei? Perguntou o menino.
 Da maneira que quiseres, disse a professora. - De qualquer cor? Perguntou ele.
   - De qualquer cor, disse a professora, se todos usassem as mesmas cores e fizessem os mesmos desenhos não teria muito interesse.
- Eu não sei, disse o menino, e começou a fazer uma flor vermelha de caule verde".


        O texto “Flor vermelha de caule verde” em conjunto com as imagens do vídeo “Takagi Masakatu – COIEDA” é capaz de incitar alguma reflexão? Qual a moral da história? As novas tecnologias podem servir de auxílio no processo de ensino? Como devem ser usadas?



       São tantas as dúvidas!!! Mas felizmente “não são as respostas que movem o mundo, mas sim as perguntas.”
       Segundo Ciavatta, o movimento em direção de ser o melhor que você puder ser é um movimento natural. Talvez esta seja uma das muitas respostas aos questionamentos surgidos, a partir da exigência de uma grande mudança na metodologia educativa. Se temos tantas interrogações é sinal de que fomos picados pelo “bichinho da inquietude” e de alguma forma, mesmo que muito incipiente, começamos a contribuir para o movimento do mundo educacional. O próximo passo é seguir o movimento natural, ou seja, ser melhor...
*[grifo nosso]

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